Minha experiência com amamentação
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Minha experiência com amamentação

Agosto dourado é um mês inteiro em pró da amamentação. Não há mais dúvidas sobre os benefícios fisiológicos, psicológicos da prática do aleitamento materno para mamãe e bebê.

Mãe e bebê amamentandoMulher amamentando Bebê mamando

Saber que o aleitamento é importante – é ótimo, mas não impede que várias mães tenham dificuldades em amamentar. Cada mãe tem a sua história com a amamentação, acertos e dificuldades.  Acredito que o compartilhamento dessas vivências fortalece as mães que estão iniciando, por isso, vou contar pra vocês as minhas duas experiências com amamentação.

A minha primeira filha nasceu de “parto natural” – pra mim não teve nada de natural estava mais para selvagem, mas isso é outro post!

Quando cheguei no quarto já tinha leite pingando do seio e a enfermeira me ajudou a dar mamá. Eu fiquei tão esgotada após o parto, cansada mesmo, que adormeci. A Alice nasceu muito gordinha e sentia fome o tempo todo. Naquela noite eu dormi direto. Pela manhã soube que a enfermeira deu mama para minha filha com o meu peito – detalhe eu nem vi! Tem enfermeiras que são anjos né?!

Em casa foi “tranquilo” – vou traduzir o tranquilo. O peito rachou, deu uma empedradinha de leve, tinha que ordenhar porque produzia muito leite. A Alice no primeiro retorno ao pediatra engordou e daí seguimos uma vida feliz e tranquila com amamentação exclusiva até os 6 meses de idade.

Nessa época eu não tinha uma opinião formada sobre o mamá. Me preparei durante a gestação passando buchinha no bico do seio, mas se desse para amamentar ou não eu não me preocupava.

Na segunda gestação eu queria muito amamentar. Me preparei, fiz um cantinho para amamentar, comprei poltrona, almofada, tudo! A Ana Clara teve gastrosquise, foi uma gestação apreensiva e por isso queria tanto amamentar, sabia que pra ela faria diferença.

O nascimento da Ana Clara foi parto cesárea e em 2 dias eu já tinha leite. Eu retirei o leite e doei para o banco de leite durante uns 10 dias. Enquanto isso a Ana estava na UTI em alimentação parenteral. Eu e ela esperando o momento da amamentação!

Nesse período, aconteceu uma situação super engraçada! Tinha acabado os vidros que eu acondicionava o leite materno para doar e acabei que coloquei em uma jarrinha de vidro. Quando fomos tomar café o gosto era muito diferente :/, ninguém reclamou, só eu. E aí descobri que todos (inclusive eu) tomamos leite materno no café da manhã por engano! Juro que queria dizer que meu leite é uma delícia, mas não costumo mentir hehe 😀

A Ana ficou 13 dias na UTI, ali ela perdeu peso. Fomos pra casa felizes da vida! Passei a primeira semana só dando de mamá. Quando fomos no pediatra, escutei o que menos queria: ela emagreceu!

Mais uma semana tentando, fazendo de tudo! Fomos no pediatra ela emagreceu de novo.  E começamos com a suplementação. Foi tão difícil pra mim! Eu queria tanto amamentar. Todo mundo falava que o melhor que a mãe poderia dar para um filho era o leite materno e eu não conseguia. Me senti péssima, fracassada, arrasada.

Hoje olho pra trás e penso que o desgaste era desnecessário. Não  precisava me sentir daquele jeito só porque não pude amamentar. Acredito que todos nós já entendemos que o leito materno é o melhor para o bebê, agora é necessário fortalecer e cuidar da mãe! Precisamos nos apoiar e julgar menos.

Semana passada nós tivemos o privilégio de conhecer um grupo de mães organizado pela Drª Luisa Aguiar (ginecologista), que se encontraram aqui no estúdio para conversar, se apoiar, trocar experiências e se fortalecer. Foi muito gostoso, tivemos técnica de massagem Shantala para as mamães fazerem em seus bebês – realizada pela naturóloga Andrea, massagem nas mamães – realizada pela massoterapeuta Beatriz e Orientação sobre amamentação – com enfermeira Daiana. <3

Mulheres praticando shantala

Técnicas de shantala – O Bernardo adorou, ria tanto que contagio a todos!

Mulheres em curso de shantala

Mamãe e bebê sorrindo

 

É nisso que acredito, é isso que faz a diferença, as redes de apoio , com muita conversa, com carinho e compreensão, com trocas entre pessoas que estão passando pela mesma situação, com orientação especializada para esclarecimentos de dúvidas é o caminho para mamãe e bebê mais felizes e saudáveis – tanto física quanto psicologicamente. Torcendo para esse ter sido o primeiro de muitos encontros. <3

Encontro de mães sobre amamentação

 

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